Nossa Responsabilidade…

Deus nos criou à Sua imagem e semelhança e, através da vida que recebemos por Seu Próprio Espírito, compartilhou conosco Suas características. O espírito humano é uma partícula do Espírito de Deus, e quando conectado ao Seu Reino, há um retorno às nossas origens, permitindo-nos desfrutar dos Segredos e Mistérios existentes nas Regiões Celestiais.

Como cidadãos da Realeza, representamos o Reino de Deus onde quer que estejamos, trazendo conosco o selo Real, uma condição exclusiva para aqueles que habitam dentro dos muros do Reino de Deus. Por isso, nossa natureza humana insiste em nos colocar como centro do universo, fazendo-nos sentir como se tudo girasse em torno de nossa existência, levando até mesmo algumas pessoas a agir como se fossem superiores a todos os demais. Isso cria um terreno fértil para certas ervas daninhas extremamente nocivas ao nosso espírito, como a arrogância, jactância, intolerância, ignorância, prepotência e, por fim, levando à apostasia.

Entendamos que nada acontece de um dia para o outro; isso leva um longo tempo de amadurecimento, e se permitirmos que isso se desenvolva, nos levará à morte espiritual, afastando-nos definitivamente do Reino. Quando desejamos ter esse relacionamento íntimo e constante com Deus, identificamos nosso propósito primordial pelo qual fomos criados por Ele. Esse vazio que temos no âmago da alma é simplesmente a necessidade de nos alimentarmos da seiva Espiritual que só nos é transmitida quando estamos em conexão direta com o Espírito de Deus, e nada pode substituí-la, pois não se encontra em nenhum outro lugar. No entanto, mesmo assim, o homem busca preenchê-lo com soluções paliativas como drogas, sexo, bebidas, dinheiro, poder, domínio, tentando criar seu próprio reino; porém, são opções estéreis que só produzem frustrações e levam à morte.

Nossa natureza humana desenvolve muitas variações espiritualmente patológicas ao negar nossa dependência de Deus. São distúrbios extremamente degenerativos e contaminantes que, além de levar à morte seu hospedeiro, podem contaminar multidões, levando à cegueira e consequentemente ao abismo. A desinformação continua sendo o principal agente contaminante para se transmitir, tornando seu receptor vulnerável e altamente sugestionável, levando-o a ser subjugado e escravizado até não ser mais útil e ser descartado.

Viver um relacionamento constante com Deus não é uma questão de opção, mas de caráter fundamental, pois este é nosso propósito desde o início da criação. Entendamos que não há nada neste universo que possa dar sentido à nossa existência senão a comunhão integral com Deus. Este relacionamento não é algo que se compra ou se recebe sentado em uma cadeira de uma instituição religiosa ou uma denominação qualquer. Existe um preço a ser pago, e não é dinheiro ou sangue, mas uma vida de dedicação, busca e ação. É necessário esforçar-se para manter-se conectado; não podemos permitir que o comodismo nos afaste, pois existem milhares de alternativas frustradas facilmente disponíveis, caminhos mais acessíveis que nos levarão à morte.

O acesso ao Espírito de Deus é feito através da Graça alcançada pelo Sangue derramado na cruz, e está disponível a todos. O Espírito de Deus está derramado como oxigênio sobre a terra; basta respirarmos para mergulhar e emergirmos em Sua Glória e Majestade. Tudo o que precisamos é nos dispor a desenvolver essa comunhão e beber das Suas Águas. O preço que devemos pagar para viver o Reino de Deus é negar a nós mesmos, abrir mão de nossos anseios, rasgar nossas vestes e deixar toda religiosidade, toda mentira e falsidade, toda sabedoria humana, abandonar todo conceito racional e nos lançar de peito aberto nas Águas do Espírito.

A Bíblia é uma carta deixada por Deus e fala de tempos de lei onde era “olho por olho, dente por dente”; o Senhor ainda é o Senhor da Guerra, porém, hoje vivemos tempos da Graça, onde o Sangue de Cristo nos traz um convite para adentrarmos aos Santos dos Santos. Antes, éramos todos condenados, mas agora vivemos tempos de redenção pela Graça; basta apenas aceitarmos o convite e voltarmos ao propósito fundamental para o qual fomos criados por Deus.

Esta é nossa responsabilidade: tomar a decisão. Vamos viver em um falso paraíso, onde desfrutamos dos prazeres e tormentos na concupiscência de nossa carne, ou aceitamos o convite de voltarmos ao cerne de nossa criação? Cabe a nós decidir! Deixemos as coisas de menino e tomemos as rédeas de nossa vida; as circunstâncias decorrentes das consequências ou inconsequências virão; o amadurecimento virá cedo ou tarde. Aproveitemos enquanto ainda é cedo. Deus nos deixou uma carta de condenação ou de amor, e ainda é tempo de decidirmos.

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